terça-feira, 13 de abril de 2021

Texto - “Eu, Etiqueta” Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão Leitora.

Quarta-feira,14 de Abril de 2021


Bom dia!
Iniciaremos agora mais uma aula de Língua Portuguesa, nossa prática de Linguagem hoje será: Leitura e Compreensão Leitora.
Agora vamos relembrar a aula anterior:
O que trabalhamos?
Qual foi o gênero?
Você aprendeu todas as características do gênero trabalhado?


Que bom que você sabe todas as respostas, então vamos relembrar junto comigo o gênero - Propaganda. Assista o vídeo a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=woH9UXO0Ydo

Logo após o vídeo, peço que leiam com muita atenção o texto -“Eu, Etiqueta” de Carlos Drummond de Andrade.
Antes da leitura do texto ,vamos conhecer um pouco sobre a vida do autor - Carlos Drummond de Andrade https://www.youtube.com/watch?v=CuN7AZgvo0g

EU, ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comparo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam
e cada gesto, cada olhar
cada vinco da roupa
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Carlos Drummond de Andrade ANDRADE, C. D. Obra poética, Volumes 4-6. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.
Em seguida, assistam o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=nUtOvvY0zfo.( texto em vídeo)
Agora que já fizeram a leitura do texto vamos interpretar com muita atenção.

Atividade de Língua Portuguesa(resposta aqui no blog)
1- O que você achou do autor Carlos Drummod de Andrade? Caso tenha dúvida assista novamente o vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=CuN7AZgvo0g

2-O sujeito do poema se define como homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada.

As palavras "escravo da matéria anunciada", "homem-anúncio", "objeto pulsante", "artigo industrial" demonstram que o eu lírico se sente como só mais um objeto de consumo, é só mais um consumidor e um produto usado pelo mercado, por querer sempre estar na moda.

Ele está destituído de sua individualidade, tanto que ele diz em seguida que não é mais "ser, pensante", e que seu nome tem de ser retificado para "coisa, coisante".

3-É possível dizer que o poeta faz uma crítica à sociedade do consumo. Explique o que significa a palavra CONSUMO.
0 que se gasta; dispêndio, despesa, consumação.

4-O poema faz uma crítica a sociedade atual. Qual é esta crítica?
A crítica que o eu lírico faz é que o homem perde a sua identidade humana. Diante do consumo, e da publicidade, o homem não é homem é out door, o indivíduo, não é especial e único, é “coisa”. O poema também critica a sociedade de consumo e a globalização de marcas e produtos. 

Agora reflita(Não precisa escrever a resposta, só reflitam) 

Você também se percebe tal como o poeta descreve?
Você se considera consumista?

15 comentários:

  1. Jonas Nascimento de Sousa 9°b

    01 R=sim muito legal

    02 R=sim o homem do anúncio

    03 R=comer digerir um alimento

    04 R=do seu batismo

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  2. Juliana Albuquerque E Silva 9° B

    01-) Ele é bom, achei bem legal.
    02-) Sim, ele se define como homem do anúncio. (Não sei se a pergunta não foi terminando ou se faltou um sinal ali. Vou apenas confirma.)
    03-) É ato de utilizar um produto para satisfazer uma necessidade pessoal ou de um grupo, como comer, se vestir e etc.
    04-) Ele crítica a sociedade de consumo e como nós temos alterados as nossas necessidades pelos preços, como se não tivesse dono, mostrando que somos uma sociedade altamente consumista. E olho que nem percebemos isso.

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  3. Sophia Souza Nascimento, 9°B.

    1-Um homem muito sensato e culto.

    2-Sim, ele usa coisas porque estão na moda não porque é o estilo dele.

    3-Consumo pode ter outros significados mas aí é o bem matéria, posse.

    4-Crítica nós seres humanos pelo consumismo muitas vezes exagerado.

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  4. Jose thiago de vasconcelos 9 ano B

    1)-sim muito legal

    2)-sim o homem do anuncio

    3)-comer digerir um alimento

    4)-do seu batismo

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  5. Maria Eduarda Albuquerque De Carvalho
    1-Um homem muito sensato e culto.

    2-Sim, ele usa coisas porque estão na moda não porque é o estilo dele.

    3-Consumo pode ter outros significados mas aí é o bem matéria, posse.

    4-Crítica nós seres humanos pelo consumismo muitas vezes exagerado

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  6. Whandson Pereira Rodrigues
    1.um cara sensato
    2.sim(não entendi bem a pergunta mais acho que deveria ter um sinal para dizer melhor a pergunta)
    3.significa uma coisa que a pessoa tenha para usa e desgasta isso ou seja posse
    4.por exagera nas coisa que consumimos

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  7. Marcelina Vasconcelos
    9b

    1-E muito legal

    2-Sim,porém ele é um homem do anúncio, ele escolhe o estilo dele qual estilo ele usa pq está na moda

    3-Significa o desgasto da utilidade do produto

    4-Sobre a critica do consumo dos seres humanos.

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  8. 2.sim,porém ele é o homem do anúncio ele escolhe o estilo etc...

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  9. 4.pois exagerar coisas que consumimos

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  10. Wendel Holanda, 9 ano B

    1-Um homem muito sensato e culto.

    2-Sim, ele usa coisas porque estão na moda não porque é o estilo dele.

    3-Consumo pode ter outros significados mas aí é o bem matéria, posse.

    4-Crítica nós seres humanos pelo consumismo muitas vezes exagerado

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  11. Marcela de sousa Araújo
    9°b
    1°achei um cara bem legal
    2°Sim,porém ele é um homem do anúncio
    3°comer digerir um alimento
    4°Crítica nós seres humanos pelo consumismo muitas vezes exager

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  12. Francisco Juan Brandão da Hora / 9°

    1) Um homem com uma concepção muito avançada, achei bem legal.

    2)Sim, pois tudo hoje em dia vem anunciando uma marca.

    3) Consumo tem haver com consumir, ter posse de algo, usar algo.

    4) O exagero dos humanos em consumir muito.

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